terça-feira, 28 de julho de 2015

Ave Maria!

Ave, eu vos saúdo com o mais profundo respeito, pois vós sois sem pecado, ó Maria, Iluminada com os raios do Sol da Justiça, Estrela do Mar, Estrela Polar que guia os navios de nossas almas durante a jornada desta vida,

Sois cheia de graça e cheia dos dons do ESPÍRITO SANTO,

O SENHOR é convosco, e esta união é nobilíssima e mais íntima que aquela que ELE tem com os santos e os justos, pois vós sois uma com ELE; sendo ELE vosso FILHO e Carne de vossa Carne, estais unida ao SENHOR por causa da perfeita semelhança com ELE e pelo vosso amor mútuo, por serdes Sua Mãe. A SANTÍSSIMA TRINDADE é convosco porque vós sois o Seu Templo.
Bendita sois vós entre todas as mulheres e sobre todas as nações, por vossa pureza e fertilidade; transformastes as maldições divinas em bençãos para nós.

E bendito é o fruto de vosso ventre, que concebestes sem a mínima perda de vossa virgindade, que carregastes sem desconforto e destes à luz sem dor. Bendito seja JESUS que redimiu nosso Mundo sofredor enquanto estávamos presos às cadeias do pecado, que curou o Mundo de sua doença, que ressuscitou os mortos para a vida, que trouxe para a casa o que lhe fora banido, justificou o homem criminoso, salvou o homem da danação.

Santa Maria, Santa de corpo e alma, Santa por causa de vossa incomparável abnegação no serviço de DEUS. Santa em vossa nobreza exuberante de Mãe de DEUS, que O contemplastes com perfeita santidade, da mais alta dignidade.

Mãe de Deus e nossa Mãe, Transbordante das graças de DEUS, de Quem sois a tesoureira, e que as dispensais para nós. Obtende para nós, sem demora, o perdão de nossos pecados, e dai-nos a graça de sermos reconciliados com a infinita Majestade de DEUS.

Rogai por nós pecadores, vós que sempre sois cheia de compaixão pelos necessitados, que nunca desprezais os pecadores, sem os quais nunca seríeis a Mãe do REDENTOR.

Rogai por nós agora, durante esta vida curta, tão cheia de tristeza, de sofrimento e incertezas. Agora, porque não temos certeza de nada, a não ser do momento presente. Rogai por nós agora, porque estamos sendo atacados dia e noite por poderosos e cruéis inimigos.

Rogai por nós agora e na hora da nossa morte, tão terrível e cheia de perigos, quando nossas forças se esgotam e nossos espíritos desfalecem-se, e nossos corpos estão exaustos com medo e pena. Rogai por nós então, na hora da nossa morte, quando satanás redobra seus esforços para nos perder para sempre. Rogai por nós na hora da decisão, quando a morte lançará duma vez por todas o nosso destino eterno, o Céu ou o Inferno. Vinde em auxílio de vossos pobre filhos, ó Terna Mãe de piedade, ó Advogada e Refúgio dos pecadores, protegei-nos na hora da nossa morte. Expulsai para longe de nós nossos terríveis inimigos, os demônios acusadores, que com suas horrorosas presenças enchem-nos de pavor. Iluminai nossos passos no vale das sombras da morte. Oh Mãe, levai-nos ao trono de julgamento de vosso FILHO e não nos abandoneis lá. Intercedei por nós, a fim de que ELE nos perdoe e nos aceite no número dos abençoados escolhidos no Reino da Eterna glória.

Amém 

São Luís Maria Grignion de Montfort

Mistério da Encarnação



Este é o primeiro dos mistérios de Jesus Cristo, o mais oculto, o mais elevado e o menos conhecido. Foi neste mistério que Jesus escolheu todos os eleitos com a colaboração de Maria, escondido no seu seio, que por isso é chamado pelos santos de “A Sala dos Segredos Divinos”. Foi neste mistério que Jesus operou todos os mistérios que depois se seguiram na sua vida, pela aceitação que deles fez. “Jesus, entrando no mundo, disse: Eis que venho para fazer a tua vontade, ó Deus” (Hb 10, 5- 9). Por conseguinte, este mistério é um resumo de todos os outros; encerra a vontade e a graça de todos. Finalmente é o Trono da Misericórdia, da Liberalidade e da Glória de Deus. 
Trono da sua Misericórdia para nós, pois só podemos nos aproximar de Jesus por meio de Maria, bem como só podemos vê-lo e falar-lhe por intermédio de Maria. Jesus, que atende sempre à sua querida Mãe, concede neste mistério sua graça e misericórdia aos pobres pecadores. “Vamos, pois, com confiança, ao trono da graça” (Hb 4, 16). 
É ainda o Trono da sua Liberalidade para com Maria, pois, enquanto o Novo Adão permaneceu neste verdadeiro Paraíso Terrestre, operou tantas maravilhas escondidas, que nem os anjos nem os homens as podem compreender. É por isso que os santos chamam Maria de a Magnificência de Deus, como se Deus só em Maria fosse Magnífico (Is 33, 21).
É também o Trono da sua Glória para o Pai celeste, pois foi em Maria que Jesus Cristo aplacou perfeitamente seu Pai, irritado com os homens. Foi n'Ela que Jesus reparou cabalmente a glória que o pecado lhe tinha roubado. No sacrifício que fez da sua vontade e de si mesmo, Jesus deu mais glória a Deus do que jamais lhe teriam dado todos os sacrifícios da Antiga Lei. Enfim, foi em Maria que Jesus deu ao Pai uma glória infinita, que jamais havia recebido do homem.

Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem


Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem


São o ROSÁRIO e a DEVOÇÃO ao Imaculado Coração de Maria que Deus nos oferece, os dois ÚLTIMOS remédios, o que significa que não haverá outros.”

http://www.perfeitadevocao.org/download/TratadoDaVerdadeiraDevocao.pdf




Almas predestinadas, escravas de Jesus em Maria, ficai sabendo que a Ave-Maria é a mais bela de todas as orações, depois do Pai-Nosso. É a saudação mais perfeita que podemos dirigir a Maria, porque é a que o Altíssimo lhe transmitiu por um Arcanjo, a fim de lhe ganhar o Coração. E foi tão poderosa, pelos encantos secretos de que está cheia, que Maria consentiu na Encarnação do Verbo, apesar da sua profunda humildade. Será também por meio desta saudação que lhe ganharemos infalivelmente o Coração, se a dissermos como convém.

A Ave-Maria bem rezada, isto é, rezada com atenção, devoção e modéstia, segundo os santos, é a adversária que põe o demônio em fuga e o martelo que o esmaga; é a santificação da alma, a alegria dos anjos, a melodia dos predestinados, o cântico do Novo Testamento, o gozo de Maria e a glória da Santíssima Trindade. A Ave-Maria é um orvalho do Céu, que torna a alma fecunda; é um beijo puro e amoroso que se dá a Maria; é uma rosa vermelha que se lhe apresenta, uma pérola preciosa que se lhe oferece, é um pouco de ambrosia e de néctar divino que se lhe dá. Todas estas comparações são dos santos.

Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem
S. Luis Maria Grignion de Montfort


segunda-feira, 27 de julho de 2015

Magnificat



Para agradecer a Deus as graças que concedeu à Santíssima Virgem, as almas escolhidas dirão muitas vezes o Magnificat, a exemplo da Bem-aventurada Maria de Doignies e de vários outros santos. É a única oração e a única composição da Santíssima Virgem, ou, antes, que Jesus compôs n'Ela, pois Ele falava pela sua boca. Este é o maior sacrifício de louvor que Deus recebeu na lei da graça. Por um lado, é o mais humilde e reconhecido, por outro, o mais sublime e elevado de todos os cânticos.
Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem
S. Luis Maria Grignion de Monfort






Sancte Michaël Archangele





Sancte Michaël Archangele, defende nos in proelio; contra nequitiam et insidias diaboli esto praesidium. Imperet illi Deus, supplices deprecamur: tuque, Princeps militiae Caelestis, satanam aliosque spiritus malignos, qui ad perditionem animarum pervagantur in mundo, divina virtute in infernum detrude. Amen.







domingo, 26 de julho de 2015

Divinum Officioum

Missal

http://divinumofficium.com/cgi-bin/missa/missa.pl


Liturgia das Horas

http://divinumofficium.com/cgi-bin/horas/officium.pl#



Fonte: http://divinumofficium.com/




Cantando morrerei, no campo de batalha

"Na minha infância sonhei lutar nos campos de batalha".

"Quando comecei a aprender a História da França, o relato dos feitos de Joana d'Arc me encantava; sentia em meu coração o desejo e a coragem de imitá-los".

"Adormeci por alguns instantes -- contava ela à Madre Inês -- durante a oração. Sonhei que faltavam soldados para uma guerra contra os prussianos. Vós dissestes: É preciso mandar a Irmã Teresa do Menino Jesus. Respondi que estava de acordo, mas que preferia ir para uma guerra santa. Afinal, parti assim mesmo".

"Oh! não, eu não temeria ir à guerra. Com que alegria, por exemplo, no tempo das cruzadas, teria partido para combater os hereges. Sim! Eu não temeria levar um tiro, não temeria o fogo!" 

"Lançando-me na arena
Não temerei ferro nem fôgo ....
Sorrindo enfrento a metralha ....
Cantando morrerei, no campo de batalha
As armas à mão", bradava ela.

"Quando penso que morro numa cama! Como desejaria morrer numa arena!" 

"A santidade! É preciso conquistá-la à ponta da espada. .... É preciso combater!"

Santa Teresa do Menino Jesus e da Sagrada Face



sábado, 25 de julho de 2015

Confissão

Confíteor Deo omnipoténti, beátæ Maríæ semper Vírgini, beáto Michaéli Archángelo, beáto Ioánni Baptístæ, sanctis Apóstolis Petro et Paulo, ómnibus Sanctis, et vobis, fratres: quia peccávi nimis cogitatióne, verbo et opere: mea culpa, mea culpa, mea máxima culpa. Ideo precor beátam Maríam semper Vírginem, beátum Michaélem Archángelum, beátum Ioánnem Baptístam, sanctos Apóstolos Petrum et Paulum, omnes Sanctos, et vos, fratres, orare pro me ad Dóminum, Deum nostrum.


Esse Sacramento é a “segunda tábua da salvação depois do naufrágio da graça perdida” Concílio de Trento

https://missatridentinaembrasilia.files.wordpress.com/2013/09/exame-de-conscic3aancia-rev.pdf



Roma Eterna





sexta-feira, 24 de julho de 2015

Apressemo-nos em reparar nossas faltas






Comunismo, socialismo, maçonaria, maus costumes, irreligião, não são sinais evidentes do abandono de Deus e muitas vezes do caminho certo que conduz à perdição eterna?
Apressemo-nos em reparar nossas faltas: o caminho mais seguro para isso é a Comunhão. Assim o assegurou Jesus Cristo pela boca do Papa Pio X, o Papa da Eucaristia.
Ouça a história: Este Papa, em poucos anos, de 1905 a 1910, promulgou cerca de oito decretos com o fito de estimular a todos, até às crianças e aos enfermos para que comungassem com frequência. Pois bem, poucos dias antes de lançar o último decreto, enquanto estava fazendo a ação de graças após a Missa, repentinamente o aposento em que se iluminou de uma luz celestial, e no meio da luz apareceu Jesus Cristo, que congratulando-se com ele lhe disse: — Muito bem, meu bom Vigário. Estou muito contente com a tua obra em prol da comunhão frequente, entre as crianças e adultos.

fonte: http://www.saopiov.org/

Miserere nobis






Pelo Amor









A devoção do santo Rosário



Santo Afonso diz: "A devoção do santo Rosário, como se sabe, foi revelada a São Domingos pela divina Mãe, quando, estando o Santo aflito e queixando-se a Sua Senhora dos hereges albingenses, que naquele tempo causavam grande dano à Igreja, a Virgem lhe disse: Este terreno há de ser estéril até que nele caia a chuva. Entendeu então São Domingos que essa chuva era a devoção do Rosário, que ele devia publicar". - Esse conceito do Santo autor mostra o que se tinha por certo sobre o Rosário, a partir dos meados do século XV. Hoje as pesquisas históricas não repetem esse conceito. Entretanto, piamente continua o Rosário ligado a São Domingos, e seus filhos tornaram-se os apóstolos dessa devoção no mundo inteiro. Em 1470 Alano de Rupe fundou a primeira confraria do Rosário. A atual maneira de rezá-lo fixou-se no século XVI. A partir do ano 1726 proibiu Bento XIII qualquer mudança dessa forma de recitação. (Nota do tradutor).


1. Atualmente não há devoção mais praticada pelos fiéis de toda classe, do que esta do santo Rosário. Os hereges modernos como Calvino, Bucero e outros, que não têm dito para desacreditá-lo? Mas é assaz notório o bem que trouxe ao mundo esta augusta devoção. Quantos, por meio dela, têm sido livres dos pecados! Quantos conduzidos a uma vida santa! Quantos, depois de uma boa morte, foram por ela salvos! Podemos ler a esse respeito uma quantidade de livros. Para nós basta dizer que esta devoção foi aprovada pela Santa Igreja, e enriquecida pelos Sumos Pontífices com muitas indulgências. Para lucrar as indulgências dos Dominicanos, unidas às recitações do Rosário, é necessário ir meditando nos mistérios que o compõem. Os livros referentes ao assunto dão as necessárias e cabais explicações para o caso. 

A - Quem recita o terço ganha: 1) cada vez 5 anos de indulgência (Sixto IV); 2) se se rezar em comum, indulgência de 10 anos; 3) indulgência plenária, no último domingo do mês, se se rezar ao menos 3 vezes cada semana. Condições: Confissão e comunhão e oração segundo a intenção do Papa (Bento XII).

B - Se o terço tiver indulgências dos Crucíferos, ganham-se 500 dias em cada Pai-Nosso e Ave-Maria, ainda que se não o reze todo, mas alguns Pai-Nossos e Ave-Marias, à vontade. 

C - Os associados da confraria do Rosário lucram mais indulgências em certas ocasiões como vem especialmente nos manuais da confraria. - (Nota do tradutor).
É preciso rezar o Rosário com devoção, sem esquecer o que a Santa Virgem disse a Santa Eulália. Cinco dezenas, disse-lhe a Senhora, recitadas com pausa e devoção, me são mais agradáveis do que quinze, ditas às pressas e com menor devoção. Por isso é bom recitá-lo de joelhos, diante de uma imagem da Virgem, e fazer no princípio de cada dezena um ato de amor a Jesus e a Maria, pedindo-lhes alguma graça. Note-se também que é melhor recitar o Rosário em comum do que só. 

2. Quanto ao Ofício Parvo de Nossa Senhora, diz-se que São Pedro Damião o compôs. A quem o recita concedeu a Igreja várias indulgências e a Santíssima Virgem tem mostrado muitas vezes quanto lhe é agradável essa devoção, como se pode ver em Auriema. 

(O Ofício Mariano é antiquíssimo e foi recomendado pelo Doutor e Cardeal da Igreja, São Pedro Damião (1072). Já existia 300 anos antes dele, mas o Santo tornou-o mais usado e recomendou-o como proteção em várias tribulações, como por exemplo lhe sentira a eficácia. A atual forma do Ofício vem das mãos de São Carlos Borromeu, santo Cardeal de Milão (1584).) - (Nota do tradutor).
3. Agradam também muito a Nossa Senhora suas Ladainhas, pelas quais se ganham indulgências; o hino Ave Maris Stella (Eu te saúdo, Estrela do mar), que ela encomendou a Santa Brígida recitasse todos os dias. Sobretudo estima o Magnificat, porque, recitando-o, louvamos a Deus com as mesmas palavras com que ela o louvou. 

Fonte: Santo Afonso Maria de Ligório, Glórias de Maria, tradução do padre Geraldo Pires, CSSR, 17ª edição, Editora Santuário, Aparecida, SP; págs. 448-450.

quinta-feira, 23 de julho de 2015

Louvores a Santíssima Virgem

Práticas exteriores de Devoção a Santíssima Virgem


Publicar seus louvores
"Salve Rainha"
"Alma"
"Ave Regina caelorum"
"Regina caeli"
"Ave, Maris Stella"
"O Gloriosa Domina"
"Magnificat"

Cantar e fazer cantar em sua honra cânticos espirituais






Fonte: Tratado da Verdadeira Devoção a Santíssima Virgem; S. Luis Maria Grignion de Montfort

quarta-feira, 22 de julho de 2015

Louve a Deus todas as suas criaturas





Promessas aos devotos do Sagrado Coração de Jesus


  1. A minha bênção permanecerá sobre as casas em que se achar exposta e venerada a imagem de meu Sagrado Coração.
  2. Eu darei aos devotos do meu Coração todas as graças necessárias a seu estado.
  3. Estabelecerei e conservarei a paz em suas famílias.
  4. Eu os consolarei em todas as suas aflições.
  5. Serei seu refúgio seguro na vida, e principalmente
    na hora da morte.
  6. Lançarei bênçãos abundantes sobre todos os seus trabalhos e empreendimentos.
  7. Os pecadores encontrarão em meu Coração fonte inesgotável de misericórdias.
  8. As almas tíbias se tornarão fervorosas pela prática dessa devoção.
  9. As almas fervorosas subirão em pouco tempo a uma alta perfeição.
  10. Darei aos sacerdotes que praticarem especialmente essa devoção o poder de tocar os corações mais empedernidos.
  11. As pessoas que propagarem esta devoção terão os seus nomes inscritos para sempre no meu Coração.
  12. A todos os que comungarem nas primeiras sextas-feiras de nove meses consecutivos, darei a graça da perseverança final e da salvação eterna.


Latin Rosario


Altar Católico em casa


Missa Tridentina em Vitória-ES


terça-feira, 21 de julho de 2015

Forças adversas espalhadas pelos ares

Onde vamos encontrar os instrumentos para recompor a Cristandade? É possível recompor a Cristandade? Onde vamos encontrar forças para manter nossas famílias num mundo católico se “devemos combater as forças adversas espalhadas pelos ares”?

Pelos ares? Que forças são essas de que nos fala o Apóstolo, forças do mal, que nos ameaçam pelos ares? Vamos reler esta passagem do cap. VI da Ep. aos Efésios:

“Porque nós não temos que lutar contra a carne e o sangue e sim contra os príncipes e  poderosos, contra os governadores deste mundo de trevas, contra as ondas iníquas espalhadas pelos ares”.


Os comentadores atribuem estes ataques aos demônios e traduzem príncipes e potestates como sendo parte da hierarquia dos anjos maus, por “principados e potestades”. São Tomás de Aquino explica que se deve entender assim estes termos porque o diabo é o mandante, a causa principal, tendo o poder de atacar os homens com forças tão estranhas que são chamadas pelo Apóstolo de “spiritualia”, ou seja, forças imateriais, ondas, que causam dano maior do que as tentações da carne, ondas contra as quais só conseguiremos resistir com a armadura de Deus.
Mas hoje, vivendo neste mundo de alta tecnologia, podemos perfeitamente entender o que sejam estas ondas imateriais que atravessam os céus (in caelestibus) e que são comandadas pelos poderosos deste mundo de trevas que é o nosso. Parece-me portanto lícito e importante traduzir os termos “principes et potestates”  com seu significado próprio que é de “príncipes e poderosos, e incluir nesses “príncipes e poderosos” os que controlam esse mundo da Informação, das ondas que atravessam os céus. Para São Tomás, os únicos nomes de anjos que poderiam servir tanto para os anjos bons como para os demônios seriam os Principados e Potestades, por esta razão nomeados aqui. Mas a explicação do Doutor Angélico confirma a participação dos homens maus nesta passagem de São Paulo: 

“Eles são, portanto, poderosos e grandes e por isso possuem um grande exército contra o qual deveremos lutar, contra os governantes deste mundo de trevas, a saber, dos pecadores.” (São Tomás de Aquino, Comentário sobre Efésios, Cap.VI, leit.3)


Isso tudo leva São Paulo a indicar o uso de uma armadura como único remédio contra o ataque final do demônio, que não seria pelos pecados da carne, pelos pecados próprios ao corpo humano. E devemos ligar esta grave advertência à grandeza do que o Apóstolo dizia no cap. 5,8:
“Outrora éreis trevas, agora sois luz no Senhor. Andai como filhos da luz, porque o fruto da luz consiste em toda a espécie de bondade, de justiça e de verdade, examinando o que é agradável a Deus; e não tomeis parte (nolite communicare) nas obras infrutuosas das trevas, mas antes condenai-as. Porque as coisas que eles fazem em secreto, vergonha é até o dizê-las. Mas todas as coisas que são condenadas são postas a descoberto pela luz, porque tudo o que é manifestado é luz. Por isso a Escritura diz: Desperta, tu que dormes e levanta-te dentre os mortos, e Cristo te iluminará.”
E São Paulo completa esta maravilhosa passagem dizendo que devemos “recobrar o tempo porque os dias são maus”.
Não nos basta assistir à missa tradicional, e depois viver desatentos diante de todas estas coisas que nos devoram por dentro e que fazem parte de nossas vidas, hoje, querendo ou não querendo. Temos que conviver com o monstro dentro de casa, na rua, no trabalho, na escola. E se nos demorarmos dormindo, seremos transformados em estátuas de sal. A Sodoma e Gomorra de hoje queima por dentro, como numa explosão atômica e não encontraremos o caminho do céu se não acordarmos e levantarmos para tomar as armas descritas por São Paulo quando profetizou esta situação final.
 “Portanto, tomai a armadura de Deus para que possais resistir no dia mau e estando aperfeiçoados em tudo.
“Estai pois firmes, tendo cingido os vossos rins com a verdade” [perfeitos na inteligência]
“E vestindo a couraça da justiça” [perfeitos na vontade]
“Tendo os pés calçados para anunciar o Evangelho da paz” [perfeitos na vida social]
“Sobretudo, tomai o escudo da , com que possais apagar todos os dardos inflamados dos piores” [perfeitos na religião]
“Tomai também o elmo da salvação e a espada do espírito que  é a palavra de Deus
“Orando continuamente em espírito com toda sorte de orações e de súplicas e vigiando nisto mesmo com toda perseverança”.
Dom Lourenço Fleichman OSB

Comunhão Espiritual



"Eu quisera Senhor, e meu Deus, receber-vos com aquela pureza, humildade e amor com que vos recebeu a vossa Santíssima Mãe, e com o fervor, e espírito dos Santos." 

Anima Christi, sanctifica me. 
Corpus Christi, salva me. 
Sanguis Christi, inebria me. 
Aqua lateris Christi, lava me. 
Passio Christi, conforta me. 
O bone Iesu, exaudi me. 
Intra tua vulnera absconde me. 
Ne permittas me separari a te. 
Ab hoste maligno defende me. 
In hora mortis meae voca me. 
Eiube me venire ad te, Ut cum Sanctis tuis laudem te. 
In saecula saeculorum. Amen. 


Para a Glória de Nosso Senhor Jesus Cristo e restauração do Seu Reino Social no mundo incentivamos assistir a Santa Missa Tridentina diariamente pela internet com a oração de comunhão espiritual conforme acima e cremos que atrairemos muitas Graças e Sacerdotes e enfraqueceremos as forças infernais ajudando na salvação de muitas almas.
Toda a Santa Missa mantém a nossa Fé e sobretudo que as Palavras da Salvação se espalhem como bom perfume pelos ares.





segunda-feira, 20 de julho de 2015

"Graça e Misericórdia"

Um Cálice e uma Hóstia grande, sobre a Qual caíam algumas gotas de sangue que corriam pelas faces do Crucificado e de uma ferida do peito. Escorregando pela Hóstia, essas gotas caíam dentro do Cálice. Sob o braço direito da cruz estava Nossa Senhora, era Nossa Senhora de Fátima, com o Seu Imaculado Coração na mão esquerda, sem espadas ou rosas, mas com uma coroa de espinhos e chamas ... Sob o braço esquerdo de cruz, umas letras grandes, como se fossem de água cristalina que corresse para cima do altar, formavam estas palavras: "Graça e Misericórdia"
Irmã Lúcia 
(Aparição de Tuy)

Rei do mundo

Respondeu Jesus: Sim, eu sou rei. É para dar testemunho da verdade que nasci e vim ao mundo. Jo 18, 37.



"Nasci para dar testemunho da Verdade".


A Igreja sempre proibiu os fiéis de assistir às Missa dos cismáticos e dos hereges, ainda se elas fossem válidas.

É evidente que não se pode participar de Missas sacrílegas, nem de Missa que ponham nossa fé em perigo.

Na nova Missa não aparecem muito claros e até com contraditórios, os dogmas fundamentais da Santa Missa, que são os seguintes:

- somente o Sacerdote é o único ministro;

- há verdadeiro sacrifício, uma ação sacrifical;

- a Vítima é Nosso Senhor Jesus Cristo presente na Hóstia sob as espécies de pão e vinho com seu corpo, seu sangue, sua alma e sua divindade;

- é sacrifício propiciatório;

- o Sacrifício e o Sacramento se realizam com as palavras de Consagração e não com as palavras que precedem ou seguem.



Basta enumerar algumas das novidades para demonstrar a aproximação aos protestantes:

- o altar transformado em mesa, sem a ara;

- A Missa diante do povo, em língua vernácula, em voz alta;

- A Missa tem duas partes: a Liturgia da Palavra e a da Eucaristia;

- os vasos sagrados vulgares, o pão fermentado, a distribuição da Eucaristia por leigos, nas mãos;

- o Sacrário escondido;

- as Leituras lidas por mulheres;

- a Comunhão dada por leigos.


Pode-se pois dizer sem nenhum exagero que a maioria destas Missas são sacrílegas e que diminuem a fé, pervertendo-a. A  dessacralização é tal que a Missa se expõe a perder seu caráter sobrenatural, "seu mistério de fé", para converter-se nada mais que num ato de religião natural.

Estas Missas novas não somente não podem ser motivo de uma obrigação para o preceito dominical, senão que além disso com relação a elas há que seguir as regras da Teologia moral e do Direito Canônico, que são as da prudência sobrenatural com relação à participação ou à assistência a uma ação perigosa para nossa fé ou eventualmente sacrílega.

Devemos rejeitar o liberalismo, venha de onde venha, porque a Igreja sempre o condenou com severidade por ser contrário ao Reinado de Nosso Senhor e em particular ao Reinado Social.

Queremos permanecer aderidos a Roma, ao sucessor de Pedro, mas rejeitamos seu liberalismo por fidelidade a seus Antecessores.

Devemos ter o espírito missionário que é o verdadeiro espírito da Igreja, fazer tudo pelo Reino de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo a divisa de nosso Santo Patrono São Pio X: "Instaurare omnia in Christo", restaurar tudo em Cristo, e sofrer como Nosso Senhor em sua Paixão para a salvação das almas, para o triunfo da Verdade.

"In hoc natus sum, disse Nosso Senhor a Pilatos, ut testimonium perhibeam veritati". "Eu nasci para dar testemunho da Verdade".

Retirado do Livro "La Misa Nueva - Mons. Marcel Lefebvre" Editora ICTION, Buenos Aires 1983.



Santa Missa é um sacrifício





Destruir a Missa Nova
Conferência de Dom Marcel Lefebvre
14 de março de 1971

 


Qual é a crise que estamos atravessando atualmente? Manifesta-se, no meu entender, sob quatro aspectos fundamentais para a Santa Igreja. Manifesta-se, à primeira vista, acredito eu, e me parece que é um dos aspectos mais graves, porque, para mim, se se estuda a história da Igreja, dá-se conta de que a grande crise que atravessou o século XVI, crise espantosa, que arrebatou à Santa Igreja, milhões e milhões de almas, regiões inteiras, Estados na sua totalidade, esta crise foi, antes de tudo, uma crise do culto litúrgico; e que, se atualmente existem divisões entre aqueles que se dizem cristãos, há que se atribuir mais que a outras causas à forma de celebrar o culto litúrgico; e se os protestantes se separaram da Igreja, a causa principal é que os instigadores do protestantismo, como Lutero, disseram, desde o primeiro momento: "Se queremos destruir a Igreja temos que destruir a Santa Missa". Esta foi a chave de Lutero.

Tinha-se dado conta de que, se chegasse a por as mãos na Santa Missa, se conseguisse reduzir o Sacrifício da Missa a uma pura refeição, a uma comemoração ou recordação, a uma significação da comunidade cristã, a uma rememoração ou memorial da Paixão de Nosso Senhor e, como consequência, que ficasse mais débil o mais sagrado que há na Igreja, o mais santo que nos legou Nosso Senhor, o mais sacrossanto, ele conseguiria destruir a Igreja. E certamente, conseguiu, por desgraça, arrebatar à Igreja nações inteiras, obrando dessa forma.



A Missa, um sacrifício

Pois bem. Hoje existe uma tendência, que ninguém pode negar, de pôr as mãos sobre a Santa Missa. Chega-se a alterar coisas que são essenciais na Santa Missa. E quais são estas coisas essenciais, na Santa Missa? Em primeiro lugar, a Santa Missa é um sacrifício. Um sacrifício não é uma refeição. Mas, na atualidade, se quis desterrar até a palavra sacrifício. Se fala de Ceia Eucarística, se fala de comunhão eucarística..., se fala de tudo o que se quer, com tal de não mencionar sequer a palavra sacrifício.

E apesar disso, a Missa é, essencialmente, um sacrifício, o Sacrifício da Cruz; não é outra coisa. Substancialmente, o Sacrifício da Cruz e o Sacrifício da Missa são a mesma coisa e o mesmo e único Sacrifício.

Não há outra mutação que na forma de oblação. Nosso Senhor se ofereceu de uma forma sangrenta, cruenta, no altar da Cruz, sendo Ele mesmo o Sacerdote e a Vítima. E sobre nossos altares, se oferece, sendo igualmente o Sacerdote e a Vítima, por ministério dos sacerdotes.

Somente o sacerdote é o Ministro consagrado pelo Sacramento da Ordem, configurado, pelo Caráter, ao Sacerdócio de Nosso Senhor Jesus Cristo, oferecendo o Sacrifício da Missa, na pessoa de Cristo: "in persona Christi".



A presença real

Se se tira a Transubstanciação da Missa... Já que vos falei de Sacrifício, falemos agora da segunda coisa necessária, essencial, que é a Presença Real de Nosso Senhor, na Sagrada Eucaristia. Se se elimina a Transubstanciação... Esta palavra é de uma importância capital, porque, ao suprimi-la, se omite a presença real, e deixa, portanto, de haver Vítima.

Deixa de haver Vítima para o Sacrifício. E, portanto, deixa de haver Missa. Dizendo de outra maneira: deixa de existir Sacrifício e nossa Missa é vã. Ficamos sem Missa. (Deixou de ser o Sacrifício que nos deu Nosso Senhor, na Santa Ceia e na Cruz, e que mandou os Apóstolos o perpetuarem sobre o altar). É o segundo elemento indispensável. Primeiro, o Sacrifício, logo, a Presença Real. Falemos agora do Caráter sacerdotal do Ministro.



É o sacerdote, não os fieis

É o sacerdote o que recebeu o encargo, de Deus Nosso Senhor, para continuar o Sacrifício. E de nenhuma forma os fieis. É certo que os fieis têm de se unir ao Sacrifício, unir-se de todo coração, com toda a sua alma, à Vítima, que está sobre o altar, como deve fazer também o sacerdote. Mas os fieis não podem oferecer, de forma alguma, o Santo Sacrifício, "in persona Christi", como o sacerdote.

O sacerdote está configurado ao Sacerdócio de Cristo, está marcado para sempre, para a eternidade. "Tu es sacerdos in aeternum"... Somente ele pode oferecer verdadeiramente o Sacrifício da Missa, o Sacrifício da Cruz. E, por conseguinte, somente ele pode pronunciar as palavras da Consagração.



De joelhos!

Não é normal que os leigos se coloquem ao redor do altar e que pronunciem todas as palavras da Missa, junto com o sacerdote. Porque eles não são sacerdotes no sentido próprio em que o é o sacerdote consagrado. Tampouco podemos considerar como coisa normal o ter suprimido todo sinal de respeito à Real Presença. À força de não ver nenhum respeito à Sagrada Eucaristia, acaba por não se crer na Presença Real. E quem se atreverá a chegar, por tal caminho, a coisa parecida, depois de meditar a divina Palavra, segundo a qual "ao nome de Jesus, que se dobre todo joelho, no céu, na terra e nos infernos"? Se somente ao nome há que ajoelhar-se, vamos permanecer de pé, quando está presente em realidade, na Sagrada Eucaristia?

Ao lugar onde se oferece um sacrifício, se dá o nome de altar. Por isso, não se pode aceitar, como substituto do altar, uma mesa comum, destinada às refeições, que, segundo recordava São Paulo, se encontram nos refeitórios das casas, para comer e beber. O altar tem que ser peça que não se traslade e onde se oferece e se derrama o sangue. No momento em que se converte o altar em mesa de refeitório se deixa de ser altar.



Tomado do protestantismo

Suprimir todos os altares que são verdadeiramente tais, pôr, em seu lugar, uma mesa de madeira, diante do altar que foi solenemente consagrado, é, precisamente, fazer desaparecer a noção de Sacrifício, que vimos é de importância capital para a Igreja Católica. E é desta forma como chegou e se consolidou o protestantismo. Por esta desaparição da ideia de Sacrifício, passou a Inglaterra inteira ao cisma e logo à heresia.

... Deslizando, deslizando, pouco a pouco, vamos tornar-nos protestantes, sequer sem dar-nos conta.

(Granby, Canada, 14/03/71)



Retirado do Livro "La Misa Nueva - Mons. Marcel Lefebvre" Editora ICTION, Buenos Aires 1983