sábado, 1 de agosto de 2015

“Iesus Christus heri, hodie et in saecula”

Inimigo mortal do homem não perde tempo.
O Protestantismo arrancou meia Cristandade da Igreja. A Revolução Francesa e a democracia aniquilaram sua influência na esfera civil. Com o Concílio Vaticano II, chega finalmente ao seu coração.
“Liberdade”, “igualdade” e “fraternidade”, ideal assumido pela Igreja sob a nova face de “liberdade religiosa”, “colegialidade” e “ecumenismo”.
A jogada,envenenar o Corpo Místico de Cristo.
O meio,que a autoridade eclesiástica hasteie e imponha os princípios da Revolução.
O fim,a autodestruição da Igreja pela via da obediência.



Não é verdade que hoje em dia estamos, de certa forma, em um cativeiro que nos rodeia por todas as partes, se manifesta por todas as partes, nos é imposta pelos que se submetem ao espírito maligno, no mundo e até no interior da Igreja, pelos que destroçam a Verdade, a têm em escravidão ao invés de manifestá-la, de mostrá-la?

Estamos num mundo escravo do demônio, escravo de todos os erros deste mundo. Mas queremos guardar a Verdade, queremo-la continuar manifestando. E qual é, por conseguinte, esta Verdade? Nós temos seu monopólio? Somos a tal ponto presunçosos que podemos dizer: nós temos a Verdade, os outros não a tem? Esta Verdade não nos pertence, não vem de nós, não foi inventada por nós. Esta Verdade nos é transmitida, nos é dada, está escrita, está viva na Igreja e em toda a história da Igreja. Esta Verdade é conhecida, está em nossos livros, em nossos catecismos, em todas as atas dos Concílios, nas atas dos Sumos Pontífices, está em nosso Credo, em nosso Decálogo, nos dons que o Bom Deus nos concedeu: o Santo Sacrifício da Missa e os sacramentos. Não somos nós quem a inventamos. Não fazemos nada além de perseverar na Verdade.

(...) E por isso eu diria: devemos guardar a confiança no papado, devemos guardar a confiança no sucessor de Pedro, enquanto é sucessor de Pedro. Mas se porventura ele não for perfeitamente fiel a sua função, então devemos permanecer fiéis aos sucessores de Pedro e não a quem não seria o sucessor de Pedro. Isto é tudo. De fato, ele está encarregado de nos transmitir o depósito da fé.

É por isso que, sem preocupar-nos por tudo o que passa ao nosso redor hoje em dia, deveríamos fechar os olhos diante do horror do drama que vivemos, fechar os olhos, afirmar nosso Credo, nosso Decálogo, meditar no Sermão da Montanha que é igualmente nossa lei, aferrar-nos ao Santo Sacrifício da Missa, aferrar-nos aos Sacramentos, esperando que a luz se faça novamente ao nosso redor. Isso é tudo.

Não nos deixemos levar pelos ruídos que nos rodeiam; fidelidade, fidelidade, como a Santíssima Virgem Maria.

Que nossos espíritos, nossos corações, nossos corpos sejam como que cativados pelo grande mistério do Santo Sacrifício da Missa.

Devemos ter pelo Santo Sacrifício da Missa uma devoção maior que nunca, porque ela é o fundamento, a pedra fundamental de nossa Fé.

Devemos estar aferrados ao Sacrifício da Missa como à pupila de nossos olhos, ao que há de mais querido em nós, de mais respeitável, de mais santo, de mais sagrado, de mais divino.

Então, meus queridos amigos, sejais fiéis, fiéis a Nosso Senhor, fiéis à Santíssima Virgem Maria, fiéis ao Papa, sucessor de Pedro, quando o Papa se mostra verdadeiramente sucessor de Pedro, porque isso é ele, dele temos necessidade. Não somos gente que quer romper com a autoridade da Igreja, com o sucessor de Pedro. Mas tampouco somos gente que queira romper com vinte séculos de tradição da Igreja, com vinte séculos de sucessores de Pedro. 

Escolhemos. Escolhemos ser obedientes na realidade a tudo o que os Papas ensinaram durante vinte séculos, e não podemos crer que ele que está na sé de Pedro não quer ensinar essas coisas, não o podemos imaginar. Se por azar o fizesse, pois bem, Deus o julgará. Mas nós não podemos ir ao encontro do erro por haver uma espécie de ruptura na cadeia dos sucessores de Pedro.

“Jesus Christus heri, hodie et in saecula”. Impossível separar o passado do presente do futuro. Apoiando-nos no passado estamos seguros do presente e do futuro. Assim pois, tenhamos confiança, peçamos à Nossa Senhora que nos ajude em todas estas circunstâncias. Ela é forte como um exército em ordem de batalha, Ela que sofreu o martírio, Rainha dos mártires, na Cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo. Pois bem, por acaso não seguiremos nossa Santa Mãe, por acaso não estaremos com nossa Santa Mãe, prontos para também sofrer o martírio para que a obra da Redenção continue?

Em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo. Amém.

Dom Lefebvre


Fonte: Golpe de Mestre de Satanas

https://monsenhorlefebvre.files.wordpress.com/2010/12/dom_lefebvre_-_golpe-de-mestre-de-satanas.pdf

Um Bispo na Tormenta-Video

http://gloria.tv/media/Tfo5VSaqr3H

Carta aberta aos Católicos perplexos

https://monsenhorlefebvre.files.wordpress.com/2010/12/dom_marcel_lefebvre_carta_aberta_aos_catolicos_perplexos.pdf

Outros escritos de
Dom Lefebvre

https://monsenhorlefebvre.wordpress.com/escritos/escritos-de-dom-lefebvre/


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